Meu nome é Vivian, uma mulher de 40 anos, esposa e mãe dedicada de Izaias e Izadora. Minha jornada não começou fácil. Vindo de uma família tradicional, aos 11 anos, meus pais se separaram tumultuadamente. Esse evento deixou marcas profundas, tanto emocionais quanto físicas.
Aos 11 anos, desenvolvi vitiligo, uma condição que se manifestou como uma mancha na minha mão esquerda. O tratamento inicial estabilizou a mancha, mas anos depois, aos 35, o vitiligo ressurgiu com mais intensidade, espalhando-se rapidamente. Aceitar isso foi um desafio. Neguei a realidade e lidei com meu próprio preconceito, resultando em lágrimas, raiva e medo de rejeição.
Apesar dos tratamentos paliativos disponíveis, o vitiligo não tem cura. Pesquisei incansavelmente por opções, até que um momento especial transformou minha perspectiva. Durante o almoço em família, minha filha de 4 anos comparou minhas manchas às de uma girafa, e ao invés de vê-las como defeito, ela as viu como algo belo. Essa simples visão me tocou profundamente, revelando uma nova maneira de enxergar minhas manchas.
Com o tempo, aprendi a me aceitar. Nem sempre é fácil, mas agora estou em paz com minhas marcas. Elas são parte integrante da minha história e essenciais para quem sou. São minhas marcas, minhas histórias e símbolos da minha jornada. Encontrei força para enfrentar os desafios, ancorada em raízes profundas e fé inabalável.
Dois anos depois, um novo desafio surgiu quando minha filha foi diagnosticada com diabetes tipo 1, quase a perdemos. As batalhas diárias nos ensinaram a viver um dia de cada vez, agradecendo pelo privilégio da sobrevivência.
Você e sua família são instrumentos nas mãos de Deus. E ele é fiel para os que nele confiam.
História incrível e inspiradora. Parabéns, Vivian!